Abril Azul: Mês da Prevenção dos Maus Tratos – Um Compromisso de Todos Pela Segurança Infantil

Abril veste-se de azul, a cor símbolo da sensibilização e prevenção dos maus tratos na infância e juventude. Este mês recorda-nos uma verdade fundamental: a segurança de uma criança vai muito além da proteção física contra acidentes. Envolve garantir o seu bem-estar emocional, psicológico e o seu direito a crescer num ambiente seguro, respeitador e livre de qualquer forma de violência.

Na Associação Criança Segura (ACS), dedicamo-nos diariamente a promover a segurança infantil, com um foco especial na prevenção de acidentes, nomeadamente os rodoviários. Sabemos que a escolha correta de um sistema de retenção infantil e a sua instalação adequada podem salvar vidas. No entanto, a nossa missão pela segurança das crianças abraça um espectro mais amplo. Proteger uma criança significa também estar atento aos sinais de perigo que podem surgir noutros contextos – em casa, na escola, nas suas interações sociais.

É por isso que acolhemos e divulgamos iniciativas como as que marcam este Mês da Prevenção dos Maus Tratos. Um exemplo notável acontece em Oeiras, onde a Câmara Municipal e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) local unem esforços para realizar a conferência “Um Compromisso de Todos: Prevenção e Respeito”, agendada para os dias 29 e 30 de abril. Temas cruciais como o bullying e a violência no namoro estarão em debate, reforçando a ideia de que a prevenção é, de facto, uma responsabilidade partilhada por toda a comunidade.

Porquê que isto é relevante para todos nós e para a ACS?

  1. Segurança Holística: Uma criança só está verdadeiramente segura quando todas as dimensões do seu bem-estar estão protegidas. A segurança física e a segurança emocional caminham lado a lado.
  2. Responsabilidade Coletiva: Tal como a segurança na estrada depende das escolhas conscientes dos adultos (usar o sistema de retenção correto, cumprir as regras de trânsito), também a prevenção dos maus tratos depende da atenção, da informação e da ação de cada um de nós – pais, familiares, educadores, vizinhos, comunidade.
  3. Empoderamento pela Informação: Conhecer os sinais de alerta, saber como agir e onde procurar ajuda é fundamental. Iniciativas como a conferência de Oeiras e outras ações de sensibilização que ocorrem por todo o país durante este mês são essenciais para capacitar a sociedade a proteger as suas crianças e jovens.

O Que Podemos Fazer?

  • Informar-nos: Procurar saber mais sobre os diferentes tipos de maus tratos (negligência, abuso físico, psicológico, sexual) e os seus sinais.
  • Estar Atentos: Observar mudanças de comportamento nas crianças e jovens à nossa volta e não ignorar sinais de alerta.
  • Promover o Diálogo: Criar um ambiente de confiança para que as crianças se sintam seguras para falar sobre os seus medos e problemas.
  • Apoiar Iniciativas: Divulgar e, se possível, participar em ações de sensibilização como as que marcam o Mês Azul.
  • Conhecer os Recursos: Saber a quem recorrer em caso de suspeita ou necessidade de apoio (Linha de Apoio à Criança – 116 111, CPCJ locais, etc.).

Tal como nos dedicamos a escolher e instalar corretamente um sistema de retenção infantil no automóvel para proteger as crianças em cada viagem, devemos dedicar a mesma atenção e cuidado a construir ambientes seguros e relações baseadas no respeito, que as protejam ao longo de toda a sua vida.

A segurança das crianças começa nas nossas ações e na nossa atenção diária. Neste mês de abril, e em todos os outros, que o compromisso pela proteção infantil seja uma prioridade para todos.

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